Imagina reduzir custos e simplificar a burocracia transformando um funcionário em MEI? A ideia parece tentadora, mas essa prática esconde riscos que podem gerar dores de cabeça para sua empresa. Neste artigo, vamos analisar os perigos dessa “transformação” e apresentar alternativas seguras e legais para sua empresa.
Transformar Funcionário em MEI? Evite este Erro Grave!
A busca por otimizar custos e simplificar processos leva muitos empreendedores a considerar a transformação de seus funcionários em Microempreendedores Individuais (MEI). No entanto, essa prática, aparentemente vantajosa, pode gerar sérios problemas legais e financeiros para a empresa. Vamos entender por que essa “solução” pode se tornar uma armadilha.
O que é a pejotização e por que ela é um problema?
A pejotização ocorre quando uma empresa demite um funcionário contratado sob o regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e o recontrata como pessoa jurídica (MEI ou outro tipo de empresa). O objetivo principal é reduzir encargos trabalhistas, como INSS, FGTS, férias e 13º salário. No entanto, essa prática é considerada fraude pela Justiça do Trabalho quando o “MEI” continua a exercer as mesmas funções, com subordinação, horários fixos e outras características típicas de um emprego formal.
Quais os riscos da pejotização?

- Reclamação trabalhista: O ex-funcionário pode entrar com uma ação judicial pedindo o reconhecimento do vínculo empregatício, o que pode gerar o pagamento de todas as verbas rescisórias, além de multas e indenizações.
- Autuação fiscal: A Receita Federal pode autuar a empresa por sonegação de impostos e contribuições previdenciárias.
- Danos à imagem da empresa: A empresa pode ter sua reputação manchada caso a prática de pejotização se torne pública.
Como identificar a pejotização?
A pejotização se configura quando o MEI presta serviços com as seguintes características:
- Subordinação: O MEI recebe ordens e tem suas atividades controladas pela empresa.
- Onerosidade: O MEI recebe uma remuneração pelo serviço prestado.
- Não eventualidade: O MEI presta serviços de forma contínua e habitual.
- Pessoalidade: O MEI não pode ser substituído por outra pessoa para realizar o serviço.
Alternativas legais à pejotização
Se o objetivo é reduzir custos e otimizar a gestão de pessoal, existem alternativas legais e seguras à pejotização. Veja algumas opções:
- Contrato de trabalho intermitente: Modalidade de contrato em que o funcionário é remunerado apenas quando é convocado para trabalhar.
- Contrato de trabalho por tempo parcial: Ideal para atividades que não exigem a jornada completa de 44 horas semanais.
- Terceirização de serviços: Contratar uma empresa especializada para realizar atividades específicas, como limpeza, segurança ou tecnologia da informação.
- Programa de participação nos resultados (PPR): Uma forma de incentivar os funcionários e aumentar a produtividade, sem gerar encargos trabalhistas.
Guia Prático: Como evitar a pejotização
- Analise a necessidade real: Avalie se a contratação de um MEI é realmente a melhor opção ou se um contrato de trabalho formal seria mais adequado.
- Formalize um contrato de prestação de serviços: Defina claramente as obrigações de cada parte, o escopo do serviço, o prazo e o valor da remuneração.
- Evite a subordinação: Não trate o MEI como um funcionário, dando ordens ou controlando suas atividades.
- Não exija exclusividade: O MEI deve ter a liberdade de prestar serviços para outras empresas.
- Mantenha a autonomia: O MEI deve ter autonomia para decidir como realizar o serviço, sem interferência da empresa.
Tabela Resumo: Pejotização vs. Contratação Legal
| Característica | Pejotização | Contratação Legal |
|---|---|---|
| Vínculo empregatício | Mascarado | Formal |
| Subordinação | Presente | Ausente (no caso de prestação de serviços) |
| Encargos trabalhistas | Evadidos | Pagos |
| Risco legal | Alto | Baixo |
| Benefícios para o trabalhador | Inexistentes | Garantidos por lei |
Dúvidas Frequentes
Quais são os principais indícios de pejotização?
Subordinação, pessoalidade, onerosidade e não eventualidade na prestação de serviços.
A empresa pode ser processada mesmo se o MEI concordar com a pejotização?
Sim, o acordo não elimina o risco legal, pois a Justiça do Trabalho protege o trabalhador.
Quais as alternativas para reduzir custos sem pejotizar?
Contrato intermitente, tempo parcial, terceirização e programa de participação nos resultados.
O que acontece se a empresa for flagrada pejotizando?
Pode sofrer autuações fiscais, processos trabalhistas e ter a imagem prejudicada.
Para não esquecer:
A pejotização é uma prática arriscada. Priorize a conformidade legal para evitar problemas futuros.
Espero que este guia tenha te ajudado a entender os riscos da pejotização e a encontrar alternativas legais para sua empresa. Compartilhe este artigo com outros empreendedores e deixe seu comentário com suas dúvidas e experiências!

